logo RCN

A vida longe do Brasil

  • Divulgação -

Como muitos brasileiros gostam de vivenciar novas experiências, Carla Trentin e Leandro Brambilla, juntamente com o filho Benjamin, escolheram mudar de vida há mais de um ano. Optaram por viver em uma área mais fria, mas que traz muitas emoções para o casal de maravilhenses. A família mora, estuda e vive no Canadá.

 Para iniciar uma nova vida, o casal conta que se preparou por pelo menos cinco anos até a mudança. "Estudamos as possibilidades de imigrar para o Canadá legalmente e, no decorrer deste período, aconteceram algumas mudanças que fizeram com que demorasse. Nesse tempo guardamos o dinheiro necessário para viver por pelo menos um ano sem trabalho. Também estudamos inglês para atingir os requisitos estabelecidos pelo processo de imigração. Depois que realmente enviamos nossa aplicação, demorou um ano e dois meses até recebermos nossos passaportes com o visto e efetivamente iniciar nossa mudança", conta Carla.

Depois de um ano, Brambilla ficou no Canadá, enquanto Carla, na companhia de Benjamin, embarcou para o Brasil para visitar a família. Ainda em fase de adaptação, ressalta que o momento é de aprendizado. "Nos mudamos há pouco e temos muitas coisas a vivenciar e aprender ainda. Todo início é difícil, quando se está em um lugar totalmente desconhecido, cultura diferente, tem que reaprender praticamente tudo, inclusive a língua. Diria que logo que chegamos ao Canadá não éramos ninguém, não tínhamos emprego, nenhum histórico de crédito, nada. Para alugar nosso primeiro apartamento precisamos pagar adiantado quatro meses de aluguel, além disso, tinha toda a mobília da casa para comprar. Mas tivemos muita sorte, conhecemos um casal de brasileiros que nos acolheu e ajudou muito no início", ressalva Carla, agradecendo a ajuda dos colegas.

Segundo ela, para morar em um país diferente é necessário reaprender a viver. "É bem diferente do Brasil, principalmente no que se refere à educação. Lá as pessoas são mais educadas, a burocracia é menor e ainda existe aquela questão de confiar na palavra do outro. Além disso, a gente pode ver o retorno dos impostos sendo aplicado, há uma preocupação do governo com o bem-estar da população", conta.

A saudade de quem está do outro lado do mundo

 Como ser humano, a saudade tem sido a parte mais difícil para a família que está longe de casa. "Usamos muito a internet pra conversar com as pessoas próximas, o WhatsApp ou Skype pra fazer chamadas de vídeo. Comparado com antigamente, é muito melhor, mas não é nem de perto a mesma coisa que estar ao lado das pessoas queridas".

 Carla ainda vive o período de preparação para o mercado de trabalho, no momento estuda inglês. Brambilla trabalha em uma empresa de tecnologia especializada em software para empresas de logística. Neste primeiro momento dizem que não pretendem voltar morar ao Brasil, não tão cedo.

As baixas temperaturas canadenses

 O Canadá possui as quatro estações do ano bem definidas. O frio com neve no inverno, com temperaturas de -26°C, em média, e sensações de -35°C. Já o verão com temperaturas entre 34°C com sensação de 45°C. Outono e a primavera possuem temperaturas amenas. Para os brasileiros, as baixas temperaturas passam quase de despercebidas, analisando a beleza e a estrutura para abrigar a população. É um país que preza pelo bem-estar dos moradores.

 "Não consideramos o frio um problema. Todos os lugares possuem isolamento térmico e aquecimento, então você não sente o frio do exterior. Os carros, muitos deles já saem de fábrica tendo bancos aquecidos e acionamento remoto, alguns minutos antes de sair de casa é só ligar e quando entra, o carro está quentinho. Essa é uma diferença", contam.

Cultura e educação

  O casal, que saiu de Maravilha para viver em uma metrópole de 500 mil habitantes, conta que a mudança de cultura foi o que mais sentiram desde que deixaram as terras brasileiras. "O Canadá é um país com muitos imigrantes, acaba tendo contato com uma imensidão de culturas diferentes e aprende muito com essas diferenças. Sem falar que a cultura canadense, em si, é muito rica. Na questão escolar também encontramos diferenças, principalmente no horário, já que as aulas iniciam às 9h e encerram às 15h30. O aluno vive uma imersão onde o ensino é voltado para a vivência e desenvolvimento da criança", finaliza.


Anterior

Galinhada no tacho será promovida no dia 7 de setembro, em Maravilha

Amarap expôs seus trabalhos na praça Próximo

Amarap expôs seus trabalhos na praça

Deixe seu comentário